Recentemente, o euro (EUR) passou por um período turbulento, mas a queda nos preços do petróleo pode proporcionar um pequeno alívio. No entanto, a principal preocupação para o par EUR/USD é a contínua expansão dos diferenciais de taxas. Atualmente, o diferencial de swap de dois anos alcançou 158 pontos-base, marcando a maior diferença desde abril, indicando uma pressão crescente sobre o euro.
Olhando para o futuro, é provável que o EUR/USD passe por mais consolidação. Os principais dados econômicos estão no horizonte, especialmente a próxima divulgação dos dados do PIB do terceiro trimestre. Segundo os analistas, a Alemanha pode entrar em uma leve recessão técnica, enquanto toda a zona do euro deve registrar um crescimento fraco de apenas 0,2% em relação ao trimestre anterior. Além disso, os dados provisórios do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de outubro serão analisados de perto, com projeções de que a inflação geral permaneça abaixo de 2,0% em relação ao ano anterior e que o núcleo da inflação diminua de 2,7% para 2,6%.
Essas previsões econômicas reforçam a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) está se inclinando para uma postura mais acomodatícia., com uma previsão de um corte de 35 pontos-base na taxa na próxima reunião do BCE em dezembro. Entretanto, se a zona do euro apresentar dados econômicos mais brandos ou se uma vitória republicana nas eleições dos Estados Unidos com possíveis políticas mais protecionistas, essa expectativa poderá mudar para um corte de 50 pontos-base.
Diante das incertezas atuais, o cenário mais provável para o EUR/USD parece ser uma fase de consolidação dentro da faixa de 1,0765 a 1,0850. Essa faixa reflete a dificuldade em estabelecer uma tendência e a influência significativa dos fatores macroeconômicos sobre a trajetória do euro no curto prazo.