O preço do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) se mantém estável em torno de US$ 69,30 no início das negociações asiáticas nesta quarta-feira. Essa estabilidade ocorre em um contexto marcado por crescentes tensões geopolíticas após a Ucrânia ter utilizado mísseis ATACMS fornecidos pelos EUA para atacar o território russo pela primeira vez. Na terça-feira, foi comprovado que a Ucrânia havia atingido uma instalação na região de Bryansk, provocando uma resposta dura do Ministério da Defesa da Rússia. A escalada levou o presidente Vladimir Putin mencionar uma possível resposta nuclear, destacando a natureza precária da situação e a possibilidade de interrupções no fornecimento do mercado de petróleo.
A intensificação do conflito entre a Rússia e a Ucrânia também gerou preocupações quanto aos possíveis impactos no fornecimento global de petróleo. Os especialistas do mercado apontam que a crescente tensão na região pode pressionar os preços do WTI para cima, pelo menos no curto prazo. Os analistas destacam os riscos crecentes associados a esse conflito, que podem impactar tanto os produtores quanto os consumidores.
Paralelamente, as tensões no Oriente Médio se intensificam com as ameaças do líder iraniano sobre uma retaliação contra Israel em resposta aos recentes ataques aéreos. É provável que esses conflitos causem ainda mais preocupações em relação ao fornecimento de petróleo. Essa instabilidade também pode dar suporte aos preços do WTI.
Por outro lado, a China, o segundo maior consumidor de petróleo do mundo, sofre uma desaceleração da demanda por petróleo bruto, que caiu 5,4% em relação ao ano anterior em outubro, indicando uma maior pressão de venda sobre os preços do petróleo. A Agência Internacional de Energia prevê um crescimento geral da demanda chinesa em torno de 140.000 barris por dia este ano – significativamente menor em comparação com o crescimento do ano anterior, que foi de 1,4 milhão de barris por dia. Essa desaceleração da demanda de um mercado importante pode acabar pesando sobre os preços do WTI no futuro próximo.