Após seis dias de valorização de quase 3%, o dólar americano apresentou uma leve retração nesta terça-feira. A alta dos rendimentos do Tesouro dos EUA, principalmente o rendimento de referência de 10 anos, que aumentou pelo sétimo dia consecutivo, ultrapassando a marca de 4,40%, indica que esse declínio parece ser apenas uma correção. Estima-se que a crescente diferença entre os rendimentos do Tesouro dos EUA e do Japão limite qualquer recuperação substancial do iene japonês.
Os dados econômicos sólidos dos EUA indicam um forte crescimento no quarto trimestre e impulsionaram o dólar. Os participantes do mercado estão otimistas quanto a reduções nas taxas em dezembro pelo Federal Reserve. No entanto, uma abordagem mais hawkish em sua próxima orientação também é possível, devido ao impulso econômico contínuo e a escalada da inflação.
O Banco do Japão, por sua vez, deve manter a taxa de juros inalterada durante sua próxima reunião na quinta-feira. A expectativa de uma redução de 25 pontos-base há apenas uma semana foi abalada por recentes sinais dovish das autoridades do BoJ, que indicam uma possibilidade de adiamento de ajustes até janeiro pelo Banco Central, a fim de avaliar o impacto das políticas dos EUA sob a administração Trump.
Olhando para o futuro, a agenda econômica dos EUA apresenta dados de vendas no varejo que devem refletir a continuidade dos gastos dos consumidores, combinados com a forte atividade de serviços relatada no início desta semana. Essa perspectiva positiva para o consumo do consumidor pode limitar qualquer baixa adicional do dólar, pelo menos até depois da próxima reunião do Federal Reserve.
