O índice do dólar americano iniciou a semana em uma forte alta, principalmente diante das revisões para cima do relatório de bens duráveis de novembro. O índice está se aproximando de 107,90, um valor próximo de sua maior alta de dois anos, acima de 108,00. Esse impulso ascendente ocorre mesmo com a diminuição da confiança do consumidor e das preocupações constantes em relação a uma possível paralisação do governo.
As recentes revisões positivas dos dados de bens duráveis estão criando um cenário favorável para a economia. Mesmo com os números preliminares sugerindo uma queda de 1,1%, os ajustes nos dados anteriores aprimoraram o desempenho recente, acarretando um sentimento mais otimista em relação ao dólar. Além disso, os rendimentos do Tesouro de prazo mais longo também estão em alta, com taxas de 10 anos próximas de 4,60% e rendimentos de 30 anos atingindo 4,77%. Essa mudança contribuiu para uma curva de rendimento mais acentuada, fortalecendo ainda mais o dólar.
Com a ameça de uma paralisação do governo iminente, devido a falta de um acordo sobre uma medida provisória entre os legisladores, tem gerado cautela entre os investidores. Apesar de os efeitos imediatos de uma breve paralisação possivelmente serem leves sobre os mercados, a incerteza está mantendo os investidores em alerta máximo para qualquer solução de última hora que possa levar a movimentos bruscos e, consequentemente, impactar o cenário.
Outros indicadores econômicos apresentaram resultados mistos. O Índice de Atividade Nacional do Fed de Chicago para novembro mostrou uma modesta melhora, de -0,40 para -0,12. Enquanto isso, o índice de confiança do consumidor de dezembro teve um declínio de 111,7 para 104,7, mesmo com o valor de novembro sendo revisado para cima. Essa queda no sentimento do consumidor não parece ter um impacto na força do dólar no final do ano.
Olhando para o futuro, a perspectiva técnica para o índice do dólar indica uma aproximação da área de sobrecompra. Com o índice mantendo o momentum e o suporte crucial em 106,00 intacto, ainda há potencial para novas altas. No entanto, a proximidade do feriado pode gerar uma diminuição da volatilidade do mercado, e com isso, pode ser observada uma menor liquidez das negociações.
