A saída de Rostin Behnam, presidente da Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC), marcada para 20 de janeiro, encerra um capítulo de quatro anos caracterizado por atividades significativas de fiscalização no setor de criptomoedas e uma pressão por estruturas regulatórias mais rígidas. Durante seu mandato, Behnam testemunhou ações notáveis no setor, incluindo um acordo substancial de US$ 4,3 bilhões com a Binance, enfatizando o compromisso de pontuar as deficiências do mercado de ativos digitais.
Ao se despedir do cargo, Behnam expressou sua preocupação com relação ao estado atual da regulamentação de ativos digitais nos Estados Unidos. Segundo ele, os mecanismos de supervisão existentes são incompletos, apontando para a grande parcela do mercado de criptomoedas que permanece sem regulamentação. Ele defendeu a necessidade de adaptar as regulamentações abrangentes à crescente adoção de ativos digitais, que são fundamentais para manter a integridade do mercado.
Durante sua liderança, Behnam ficou a frente do desenvolvimento de diretrizes federais para o comércio de compensação de carbono e ampliou o alcance regulatório da CFTC em ativos digitais. A agência também tomou medidas contra a Binance devido à oferta de serviços de negociação de derivativos sem as devidas licenças, expondo uma lacuna regulatória no mercado de criptomoedas. Behnam salientou que muitas criptomoedas deveriam ser classificadas como commodities, submetendo-as à regulamentação da CFTC.
Ao deixar o cargo, Behnam destacou a importância de seu sucessor priorizar o cenário regulatório das criptomoedas, buscando estabelecer uma estrutura claramente definida em relação às atividades permitidas. Essa abordagem é considerada fundamental para a construção de um ambiente regulatório mais coerente.
Na busca pelo sucessor de Behnam, um dos principais candidatos é o Brian Quintenz, ex-comissário da CFTC e atual chefe de política da divisão de criptoativos da Andreessen Horowitz. Ele possui vasta experiência em relação às questões regulatórias da CFTC, além de ser um defensor da inovação no setor de ativos digitais. Sua possível nomeação poderia contribuir para elucidar os desafios jurisdicionais em andamento que envolvem as criptomoedas.