Os preços do petróleo mantiveram sua tendência de queda, refletindo as preocupações com as tarifas que, no momento, superam os riscos relacionados às sanções. O governo dos EUA recentemente ampliou as sanções, visando ao setor petrolífero do Irã, redirecionando sua atenção para a Venezuela, o que resultou na suspensão das operações da Chevron na região. Essa medida estratégica sugere um endurecimento da postura em relação à Venezuela, onde a Chevron, apesar das sanções, continuava operando e exportando petróleo bruto para os Estados Unidos.
A queda nos preços do petróleo também tem sido impactada pelo forte ritmo das operações das refinarias, que dcontribuíram significativamente para a redução dos estoques de petróleo bruto. Com as mudanças operacionais na Venezuela, o diferencial para os tipos de petróleo bruto médio-ácido, como o Mars Blend, teve um aumento expressivo, ultrapassando US$ 1 por barril e atingindo US$ 1,71 por barril. Neste ano, as importações de petróleo bruto venezuelano pelos EUA mantiveram uma média de cerca de 270.000 barris por dia, refletindo a atual dinâmica do mercado.
Os dados mais recentes da Administração de Informações de Energia dos EUA (EIA) revelaram um relatório semanal de estoques relativamente neutro. Um declínio de 2,33 milhões de barris foi observado nos estoques comerciais de petróleo bruto dos EUA, marcando o primeiro recuo nos estoques desde meados de janeiro e o mais significativo desde dezembro. Essa mudança pode ser atribuída ao aumento das taxas de utilização das refinarias, que subiram 1,6 ponto percentual em uma base semanal.
Além do petróleo bruto, os estoques de gasolina tiveram um leve aumento de 369.000 barris, refletindo um crescimento modesto na demanda. Enquanto isso, o setor de destilados registrou um acúmulo mais expressivo, com os estoques subindo 3,91 milhões de barris. Esses movimentos destacam a complexidade do mercado de petróleo, onde fatores geopolíticos e econômicos continuam a moldar os padrões de produção e consumo.
