A Bybit, corretora de criptomoedas que sofreu uma violação de segurança importante em fevereiro, está no caminho certo para obter uma licença operacional completa nos Emirados Árabes Unidos (EAU). Após a recente aprovação da Autoridade de Valores Mobiliários e Commodities (SCA), a Bybit está preparada para se consolidar como uma plataforma de ativos virtuais licenciada na região. Esse marco representa um avanço significativo para a corretora, que busca expandir seus serviços tanto para clientes institucionais quanto para o mercado de varejo nos Emirados Árabes Unidos.
A aprovação da licença ocorre em um momento importante, já que aconteceu poucos dias antes de a Bybit sofrer uma grande invasão que resultou em uma perda de US$ 1,4 bilhão. Essa violação, considerada uma das maiores na história das criptomoedas, aconteceu durante uma transferência entre cold e hot wallets da plataforma. Diante desse desafio, a Bybit tem destacado seus esforços com soluções de negociação seguras e transparentes, ao mesmo tempo em que trabalha de perto com os reguladores para desenvolver um ecossistema de ativos digitais em conformidade e inovador.
Enquanto isso, a Bybit não está focando apenas nos Emirados Árabes Unidos. A corretora tem buscado ativamente aprovações em diversos outros mercados, como Índia, Geórgia, Cazaquistão e Turquia. Na Índia, por exemplo, a Bybit comunicou seu retorno ao país após se registrar junto às autoridades locais e realizar o pagamento de uma multa de US$ 1 milhão por operar previamente sem o registro exigido pela Unidade de Inteligência Financeira (FIU).
Além disso, a Bybit também tem enfrentado desafios regulatórios no Espaço Econômico Europeu (EEE). Recentemente, a corretora reajustou suas operações para atender às exigências dos Mercados de Criptoativos (MiCA) da Europa, sinalizando seu compromisso em ficar em conformidade e, consequentemente, obter uma licença MiCA na Áustria. Apesar dos avanços, a empresa ainda enfranta barreiras regulatórias notáveis, como uma ordem de cessação e desistência da Comissão de Valores Mobiliários da Malásia, que acusou a Bybit de operar sem o devido registro. Esses desenvolvimentos destacam a complexidade do cenário em que as corretoras de criptomoedas precisam enfrentar ao buscar uma expansão a nível global.