A expectativa para a reunião de hoje é que o Banco da Inglaterra mantenha suas taxas de juros atuais. Os analistas observaram uma queda no sentimento em relação ao emprego, que ainda não se refletiu nos dados econômicos oficiais. É provável que essa situação impeça que o Banco Central adote um posicionamento dovish, especialmente em meio à inflação persistente nos serviços e ao crescimento dos salários que permanece elevado.
Os dados mais recentes sobre o emprego revelaram uma taxa de desemprego inalterada em 4,4% em janeiro, enquanto o crescimento dos salários segue flutuando próximo a 6%. Nos mercados financeiros, espera-se que não haja nenhuma tendência mais branda nas decisões de hoje, embora um voto dissidente não esteja descartado. O corte antecipado da taxa em fevereiro gerou uma divergência inesperada entre os membros, com um voto notável a favor de um corte maior de uma figura proeminente conhecida por uma postura mais agressiva. Os analistas indicam que dois membros podem votar a favor de um corte, e há a possibilidade de que outro membro inclinado a estratégias dovish se junte a eles, tornando a votação mais apertada, possivelmente em 6-3.
Esse desenvolvimento pode ser interpretado como um indicativo levemente dovish, com potencial para impactar negativamente o valor da libra no mercado. Entretanto, os investidores parecem cientes de que melhorias expressivas nos dados são necessárias para qualquer mudança significativa visando uma postura mais dovish na política monetária. As projeções apontam para a possibilidade de três reduções adicionais de 25 pontos-base nas taxas ao longo do ano.
Ontem, a libra ganhou força em relação ao euro, impulsionada principalmente por sua sensibilidade ao sentimento do mercado global e por uma correção nas posições significativas existentes no par euro-dólar. De acordo com anúncios recentes, o governo do Reino Unido pretende diminuir os benefícios sociais, com autoridades do Partido Trabalhista sugerindo que não haverá aumentos de impostos anunciados durante a próxima Declaração da Primavera. A ênfase nas reduções de gastos deve atrair uma análise detalhada dos investidores no mercado de títulos públicos.