Os recentes acontecimentos no Oriente Médio indicam um possível abrandamento das tensões, o que poderia levar a um rápido declínio no prêmio de risco geopolítico associado aos mercados de petróleo. Os analistas destacaram que foi aceita uma proposta para superar as diferenças entre os líderes israelenses e do Hamas, aumentando ainda mais as perspectivas de estabilidade na região.
Na Líbia, a produção de petróleo no campo de Waha se normalizou, atingindo cerca de 300.000 barris por dia após a conclusão inesperadamente rápida da manutenção essencial do oleoduto. No entanto, os desafios persistem, pois as operações no campo de Sharara continuam paradas devido às disputas políticas em andamento entre as facções rivais do país.
Enquanto isso, as flutuações da demanda na China continuam sendo uma preocupação significativa para o mercado global de petróleo. Embora tenha havido um aumento nas viagens domésticas durante os meses de verão do hemisfério norte, impulsionado pelo turismo, a mudança para trens de alta velocidade e veículos elétricos resultou na redução do consumo de gasolina. Os principais varejistas do país, incluindo a PetroChina e a Sinopec, relataram uma queda de mais de 5% nas vendas desde julho, um sinal preocupante para o setor.
Por outro lado, o mercado dos EUA está mostrando resiliência, com a demanda doméstica mantendo uma trajetória forte. Por exemplo, as reservas de viagens para o fim de semana do Dia do Trabalho aumentaram 9% em comparação com o ano anterior, o que sugere uma confiança robusta do consumidor e gastos no setor de viagens. Esse contraste na dinâmica da demanda entre os EUA e a China pode ter implicações mais amplas para os preços globais do petróleo e para a estabilidade do mercado no futuro.
Com a evolução do cenário geopolítico, os participantes do mercado acompanharão de perto esses acontecimentos para avaliar seu impacto sobre os fundamentos da oferta e da demanda no setor de petróleo.