O dólar canadense (CAD) apresentou um leve fortalecimento em relação a um dólar americano (USD), em geral enfraquecido, durante as últimas negociações. O modesto aumento do CAD pode ser atribuído ao seu desempenho relativamente melhor em comparação a outras moedas após as eleições nos EUA, o qual pode ser resultado de uma combinação de fatores que influenciam o cenário cambial.
Apesar de uma estabilidade nos preços das commodities hoje, a semana passada foi marcada por desafios para as matérias-primas. As preocupações com a desacelaração econômica global e a fraca demanda da China, combinadas com o fortalecimento do dólar, tiveram um peso significativo no desempenho das commodities. O principal obstáculo para o CAD é a ampliação dos spreads, especialmente nos mercados de renda fixa e de swap de curto prazo, que impactam positivamente o dólar após as eleições nos EUA.
No início desta semana, o spread do título à vista de dois anos atingiu 117 pontos-base, seu nível mais alto desde o final da década de 1990, embora tenha recuado ligeiramente desde então. A percepção atual do mercado indica um leve enfraquecimento do dólar no início das negociações na Ásia, indicando uma possível sobrecompra do dólar. Entretanto, apesar da probabilidade de um período de consolidação para o dólar, declínios notáveis não parecem iminentes.
Uma queda do dólar para a faixa de 1,3950 a 1,4055 poderá reavivar o interesse dos compradores. Um fechamento semanal acima de 1,4040 pode indicar novos ganhos de médio prazo para o dólar, com o topo anterior de 2020, na faixa de 1,47, como possível alvo. De modo geral, a perspectiva permanece cautelosa, com o mercado avaliando os impactos do crescimento econômico e da força da moeda após as eleições dos EUA.