Os dados das Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de janeiro vieram de acordo com o previsto pelo mercado, proporcionando um ambiente estável para o dólar americano. O índice do dólar americano (DXY), que mede a força da moeda em relação a uma cesta das seis principais moedas, terminou a semana em alta, mantendo-se firmemente acima do nível de 107,00. Esse movimento positivo foi impulsionado pela notícia de que o presidente Trump implementará tarifas ao Canadá, México e China a partir de 4 de março, o que ajudou a reforçar a confiança no dólar.
Posteriormente à divulgação dos dados da inflação PCE, que apresentou um crescimento de 0,3% no âmbito mensal – em linha com os dados anteriores -, os investidores demonstraram maior confiança em relação às pressões inflacionárias. O núcleo do PCE também se manteve estável em 0,3%, representando um leve aumento em comparação com os 0,2% registrados em dezembro. Em termos anuais, o PCE ficou inalterado em 2,6% diante da mesma leitura do mês passado, enquanto o núcleo do PCE revisado registrou uma queda, passando de 2,9% para 2,6%. Além disso, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de Chicago apresentou sinais positivos, subindo para 45,5, ficando acima do consenso e registrando uma melhora em relação aos 39,5 de janeiro.
À medida que as expectativas do mercado evoluem, a ferramento CME FedWatch aponta uma probabilidade de 30% de o Federal Reserve manter as taxas de juros entre 4,25%-4,50% em junho, embora grande parte dos participantes do mercado preveja possíveis cortes. No entanto, houve uma escalada das tensões geopolíticas, principalmente entre o presidente dos EUA, Trump, e o líder ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, sobre as negociações de paz e apoio de defesa.
No geral, o índice do dólar americano permaneceu acima do nível de 107,00, bem como valorizou 0,60% na semana, uma recuperação da média móvel simples de 100 dias em 106,60. Na parte técnica, há a necessidade de um impulso adicional de alta, com a resistência apontada em 107,50 e os níveis de suporte estabelecidos em 106,60 e 106,00, que podem ser cruciais caso haja uma pressão baixista.
