O dólar australiano (AUD) sofreu uma forte depreciação frente ao dólar americano (USD), rompendo o nível de suporte crítico de 0,6400 durante o pregão europeu de terça-feira. O comentário da governadora do Banco da Reserva da Austrália (RBA), Michele Bullock, com uma perspectiva menos agressiva sobre as taxas de juros impulsionou esse declínio. O RBA optou por manter sua a crucial Official Cash Rate (OCR) em 4,35%, marcando a nona reunião consecutiva sem mudanças. Mesmo com a demonstração de confiança quanto à convergência da inflação para a META de 2%, Bullock reconheceu que os riscos em torno da inflação diminuíram, mas persistem.
Uma mudança na postura do RBA era prevista pelos analistas, com grandes instituições financeiras, como ANZ e Westpac, prevendo que as possíveis reduções nas taxas de juros poderiam iniciar já em maio de 2025. Diante da recente orientação do RBA e da divulgação dos dados de emprego doméstico prevista para quinta-feira, a volatilidade do AUD deve persistir. Esses dados podem afetar significativamente o sentimento dos investidores e a trajetória da moeda.
Enquanto isso, o dólar americano está se fortalecendo com os investidores aguardando a divulgação dos próximos dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de novembro, prevista para quarta-feira. Esse relatório de inflação é fundamental, pois influenciará diretamente as decisões do Federal Reserve sobre a taxa de juros em sua próxima reunião de política monetária, em 18 de dezembro. A probabilidade de o Fed realizar um corte de 25 pontos-base na taxa de juros, para uma faixa de 4,25% a 4,50%, é alta, de aproximadamente 86%. A interação entre esses indicadores econômicos da Austrália e dos Estados Unidos provavelmente poderá gerar um ambiente de negociação dinâmico nos próximos dias.