A postura cautelosa dos investidores contribuiu para a queda constante do dólar canadense (CAD) em relação ao dólar americano na quinta-feira. Após um declínio notável de quase 8% durante o último trimestre de 2024, o loonie está enfrentando desafios e continua instável em meio aos sentimentos negativos predominantes.
Segundo dados recentes do Canadá, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de dezembro de 52,2, superou as previsões de 51,9, e teve uma leve melhora em relação aos 52,0 do mês passado. Mesmo com esse anúncio positivo, o loonie não conseguiu reagir e iniciar uma recuperação, oscilando próximo às mínimas de vários anos. Diante do recente feriado de Ano Novo, tanto o Canadá quanto os EUA registram volumes baixos de negociação à medida que os investidores se preparam para a temporada de negociações de 2025.
Os dados de outros indicadores econômicos dos EUA continuam a fortalecer o dólar. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego registrados em 221.000 na semana encerrada em 27 de dezembro ficaram ligeiramente abaixo dos 222.000 esperados. Esse desempenho contribuiu tanto para o impulso do dólar americano, quanto para os desafios atuais enfrentados pela moeda canadense. Com o encerramento das divulgações da grande parte dos dados econômicos canadenses nesta semana, o mercado está atento à divulgação dos números do PMI do ISM dos EUA, com projeções de permanecerem inalterados em 48,4 para dezembro, um valor contracionista.
A perspectiva para o dólar canadense parece decididamente de baixa no início de 2025. O par USD/CAD continua flutuando em torno de 1,4400, níveis não vistos desde 2016, excluindo os picos na pandemia. A persistência da fraqueza do loonie, combinada com o fortalecimento do dólar americano, cria um cenário desafiador para os otimistas do dólar canadense. No entanto, caso a taxa USD/CAD não consiga sustentar essa alta, o loonie pode reverter esse viés de baixa, levando os preços para baixo, em direção à média móvel exponencial de 50 dias, próxima a 1,4135.
