O par EUR/USD iniciou a semana com uma pressão de venda, recuando para níveis em torno de 1,05, depois de não conseguir manter o momentum perto da marca de 1,0600. O cenário econômico incerto e a expectativa dos próximos dados importantes dos EUA contribuíram para essa queda de quase 0,8%.
Apesar de uma leve melhora em relação às expectativas da atividade de clientes, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) dos EUA permaneceu abaixo da marca de 50,0, sinalizando que o setor industrial continua em contração. Esse resultado reforçou a demanda pelo dólar, visto como um ativo porto seguro em momentos de aversão ao risco.
A agenda econômica europeia apresenta poucos eventos no início da semana, embora vários discursos de importantes autoridades do Banco Central Europeu (BCE) possam influenciar o sentimento do mercado. Enquanto isso, investidores aguardam ansiosamente a divulgação dos próximos dados do relatório das folhas de pagamento não agrícolas (NFP), prevista para sexta-feira, um indicador fundamental das tendências de emprego e da saúde econômica geral dos Estados Unidos.
Em particular, o PMI de Manufatura do ISM superou as projeções de 47,5 e relatou um crescimento para 48,4 em novembro, uma melhora em relação ao valor do mês anterior de 46,5. Apesar desse aumento, o índice permanece abaixo do nível de 50,0, o que sugere que muitas empresas ainda estão se preparando para novas contrações na atividade daqui para frente.
O euro continua enfrentando dificuldades para se recuperar, oscilando em torno de 1,0500. Após um declínio significativo para as mínimas de vários anos, em aproximadamente 1,0330, a moeda conseguiu registrar apenas uma semana de ganho. Os indicadores técnicos também sugerem uma tendência de baixa, com as médias móveis exponenciais (MMEs) de 50 e 200 dias se cruzando, indicando um cenário descendente, com a MME de 50 dias pairando em torno de 1,0700, enquanto a MME de 200 dias apresenta uma resistência formidável próxima de 1,0840.
