O par de moedas EUR/USD se recuperou de uma queda de três dias, sendo negociado a aproximadamente 1,1050 durante a sessão asiática de segunda-feira. Essa recuperação pode ser atribuída, em grande parte, a um enfraquecimento do dólar americano, influenciado pelo tom dovish predominante em torno das possíveis mudanças de política do Federal Reserve. O sentimento dos investidores é particularmente moldado pelas expectativas de um corte mínimo de 25 pontos-base na taxa em setembro.
Os fatores que apoiam o dólar americano ficaram evidentes nos dados recentes do Escritório de Análises Econômicas. O Índice de Preços de Gastos para Consumo Pessoal (PCE) de julho aumentou 2,5% em uma base anual, consistente com as leituras anteriores, mas ligeiramente abaixo dos valores projetados. O núcleo do PCE, que exclui os efeitos dos preços de alimentos e energia, também aumentou 2,6%, refletindo estabilidade, mas ficando aquém das expectativas do mercado.
Olhando para o futuro, os participantes do mercado estão monitorando de perto as próximas decisões do Federal Reserve. A ferramenta FedWatch da CME indica que os traders estão quase totalmente preparados para uma redução das taxas na reunião de setembro, o que se alinha com os comentários de algumas autoridades do Federal Reserve, que expressaram a necessidade de ajustes devido à desaceleração da inflação e a um aumento inesperado das taxas de desemprego.
Na Europa, as discussões sobre possíveis cortes nas taxas do Banco Central Europeu estão ganhando força. Um membro influente do BCE, Francois Villeroy de Galhau, mencionou recentemente a justificativa para considerar reduções nas taxas de juros básicas da instituição em sua próxima reunião. Ele enfatizou a importância de uma ação oportuna à luz das condições econômicas prevalecentes, sugerindo que uma decisão de reduzir as taxas seria um curso de ação prudente.
Em resumo, com o pano de fundo de indicadores econômicos mistos e deliberações do Banco Central, o par EUR/USD vê uma trajetória de alta impulsionada pelas expectativas de mudanças na política monetária do outro lado do Atlântico.