O euro (EUR) continua a enfrentar uma pressão descendente em meio a preocupações tarifárias contínuas relacionadas ao comércio entre os Estados Unidos e a União Europeia. Os níveis atuais de negociação colocam o euro em 1,0325, uma situação exacerbada pelas incertezas em torno das possíveis tarifas sobre automóveis europeus e outros produtos. Os analistas destacam que o momentum de alta observado anteriormente nos gráficos diários começou a diminuir.
Declarações recentes de autoridades dos EUA indicam que as tarifas sobre as importações europeias poderão ser implementadas em um futuro próximo, embora nenhum cronograma específico tenha sido divulgado. Foram levantadas preocupações com relação à balança comercial, já que os EUA importam significativamente mais da UE do que exportam, principalmente em setores como automóveis e agricultura. Esse desequilíbrio está provocando discussões sobre possíveis ajustes na estrutura tarifária.
No fim de semana, surgiram relatórios indicando que a União Europeia está contemplando uma redução da tarifa de importação de carros americanos, propondo um alinhamento mais próximo da taxa atual de 2,5% dos Estados Unidos, que é notavelmente mais baixa do que a taxa de 10% existente na UE. Entretanto, a persistência de incertezas em relação às políticas comerciais pode continuar a afetar negativamente o euro.
Na análise técnica, o enfraquecimento da dinâmica de alta no gráfico diário é acompanhado por um declínio no Índice de Força Relativa (RSI), sugerindo um maior risco de movimento descendente para a moeda. Os níveis de suporte atuais são identificados em 1,0240, com suporte adicional em torno da faixa de 1,0140 a 1,0080, refletindo as baixas recentes. Enquanto isso, a resistência é observada em 1,0360, correspondente à média móvel de 21 dias, e em 1,0410, o nível marcado pela média móvel de 50 dias. De modo geral, as perspectivas para o euro permanecem cautelosas em meio às incertezas tarifárias prevalecentes.