O par de moedas GBP/USD registrou um declínio pela terceira sessão consecutiva, sendo negociado atualmente em torno de 1,3160 durante o horário de negociação asiático na sexta-feira. Essa queda pode estar ligada a um fortalecimento do dólar americano (USD), reforçado por recentes indicadores econômicos positivos. Os investidores estão particularmente concentrados na próxima divulgação do Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) de julho dos EUA, que deve fornecer mais informações sobre as possíveis tendências da inflação.
No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA registrou uma taxa de crescimento anualizada de 3,0%, superando tanto as expectativas quanto a taxa de crescimento anterior de 2,8%. Além disso, os dados mais recentes sobre os pedidos iniciais de auxílio-desemprego revelaram uma redução nos pedidos de auxílio-desemprego, caindo para 231.000 na semana encerrada em 23 de agosto, um pouco abaixo do número previsto de 232.000 e uma queda em relação aos 233.000 da semana anterior.
Apesar desse desempenho econômico positivo, o potencial impulso de alta do dólar pode ser atenuado por comentários cautelosos do Federal Reserve. Notavelmente, um membro influente do Comitê Federal de Mercado Aberto deu a entender a possibilidade de considerar cortes nas taxas à luz da redução da inflação e do aumento da taxa de desemprego. No entanto, ele observou a importância de aguardar a confirmação dos próximos relatórios sobre mão de obra e inflação antes de tomar qualquer decisão.
A perspectiva para a libra esterlina (GBP) pode não ser tão sombria, dadas as expectativas de que o Banco da Inglaterra (BoE) manterá as taxas de juros elevadas por um período mais longo do que o Federal Reserve. Recentemente, o BoE reduziu as taxas em 25 pontos-base, para 5%, e as previsões do mercado sugerem que outros cortes, totalizando 40 pontos-base, poderão ocorrer até o final do ano.
Em um discurso recente, o governador do BoE indicou que os efeitos secundários da inflação podem ser menos intensos do que muitos temiam, mas advertiu que não se deve apressar cortes adicionais nas taxas neste momento. Essa abordagem reflete uma estratégia prudente à medida que ambos os bancos centrais navegam pelas condições econômicas em evolução.