O índice do dólar americano, após alcançar uma nova máxima de dois anos, experimentou uma leve correção e está sendo negociado em torno de 107,00. Essa retração parece ser motivada pela realização de lucros após uma forte valorização em novembro. Apesar desse recuo, a perspectiva do índice permanece positiva, sustentada por dados econômicos robustos e uma postura mais assertiva do Federal Reserve. Além disso, a incerteza em torno do conflito em andamento entre a Rússia e a Ucrânia deu mais apoio ao dólar.
Os analistas sugerem que as possíveis mudanças na política fiscal dos EUA, com a expectativa de redução da alíquota de impostos corporativos e a desregulamentação, podem impulsionar o crescimento de investimentos estrangeiros e fluxos de capital para o país, reforçando a pressão de alta sobre o dólar. A economia dos EUA, com seu desempenho superior ao de muitas de suas contrapartes desenvolvidas e com as taxas de juros podendo aumentar, torna o dólar ainda mais atraente para investidores.
Nesta semana, serão divulgados os principais indicadores econômicos, incluindo os dados do Produto Interno Bruto (PIB) e das Despesas de Consumo Pessoal (PCE), que podem influenciar a trajetória do dólar. Além disso, os investidores estão atentos aos dados de pedidos de auxílio-desemprego, já que esses números fornecerão informações sobre a saúde do mercado de trabalho.
Após um período de forte valorização, o índice do dólar encontra-se em uma fase de consolidação. Os indicadores técnicos sinalizam um possível esfriamento devido às condições de sobrecompra anteriores, podendo ser observado através da diminuição do IFR em relação aos níveis extremos. Apesar disso, o sentimento geral ainda é positivo. A resistência em 108,00 e o suporte na faixa de 106,00 a 106,50 delimitam o canal de negociação provável para os próximos dias. A manutenção desse nível de suporte será fundamental para sustentar o cenário de alta no futuro.