O dólar neozelandês está sofrendo uma queda no início do pregão asiático desta quarta-feira, após um corte significativo na taxa de juros pelo Banco da Reserva da Nova Zelândia (RBNZ). O Banco Central reduziu a taxa de juros oficial (OCR) em 50 pontos-base, baixando-a de 5,25% para 4,75%, um movimento que foi amplamente antecipado pelos observadores do mercado. A resposta imediata ao corte da taxa foi uma liquidação do kiwi, que agora está próximo de seus níveis mais baixos desde meados de agosto. Além disso, notícias econômicas decepcionantes da China, o principal parceiro comercial da Nova Zelândia, aumentaram a pressão sobre o NZD, já que os investidores esperavam medidas de estímulo mais fortes por parte das autoridades chinesas.
À medida que o dia avança, os participantes do mercado estão se concentrando na próxima ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), que fornecerá informações sobre a direção da política monetária dos EUA. Depois disso, as atenções se voltarão para os dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA de setembro, cuja divulgação está prevista para quinta-feira. Se esses dados indicarem números de inflação mais suaves do que o esperado, isso pode levar a um enfraquecimento do dólar americano, potencialmente mitigando mais perdas para o par NZD/USD.
A última Declaração de Política Monetária do RBNZ ressalta que o comitê acredita que a inflação permanece dentro de sua META de 1 a 3%, um fator crítico para justificar o recente corte nas taxas. O Banco Central tem como objetivo manter a inflação baixa e estável e, ao mesmo tempo, minimizar a instabilidade na produção econômica e nos níveis de emprego.
No geral, o NZD/USD está em tendência de queda, sendo negociado atualmente abaixo da Média Móvel Exponencial (MME) de 100 dias e ameaçando sair de seu canal de tendência ascendente estabelecido. Com o Índice de Força Relativa (IFR) de 14 dias posicionado abaixo do nível neutro, a pressão de venda pode continuar no curto prazo. Se o kiwi romper o nível de suporte psicológico em 0,6135, isso pode levar a um declínio para 0,6000 e, potencialmente, para a baixa de 15 de agosto de 0,5974. Por outro lado, a resistência é identificada na MME de 100 dias de 0,6142, com novos movimentos ascendentes podendo ter como alvo os níveis de 0,6254 e 0,6300.