O par de moedas NZD/USD registrou ganhos modestos, flutuando próximo de 0,5690 durante as primeiras horas do pregão asiático de quinta-feira. Esse avanço foi impulsionado, em parte, por dados econômicos mais fracos dos Estados Unidos, principalmente o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de Serviços do ISM, que recuou para 52,8 em janeiro, abaixo da leitura revisada de 54,0 em dezembro e da previsão do mercado de 54,3.
Os dados mais fracos do PMI deve aumentar a pressão de baixa sobre o dólar americano, potencialmente benefiando o dólar da Nova Zelândia. Os participantes do mercado também estão atentos às possíveis consequências de um novo atrito comercial entre os EUA e a China, que podem impacatar ainda mais o sentimento dos investidores em relação ao dólar e ao kiwi.
Além disso, as últimas estatísticas de emprego da Nova Zelândia apontam para desafios futuros que o Reserve Bank of New Zealand (RBNZ) poderá enfrentar. No quarto trimestre, a taxa de desemprego cresceu para 5,1%, um avanço considerável em relação aos 4,8% anteriores e atingindo o maior nível em quatro anos. Esse aumento no desemprego reforçou as previsões de um anúncio de um uma redução de 50 pontos-base na Official Cash Rate (OCR) pelo RBNZ, chegando a 3,75%, na sua reunião de fevereiro. Essa perspectiva pode aumentar a pressão de baixa sobre o dólar neozelandês.
As preocupações se intensificaram com o aumento das tensões comerciais, impulsionadas pelas recentes decisões tarifárias. Em resposta às tarifas impostas pelos EUA sobre importações chinesas, o Ministério das Finanças da China adotou medidas retaliatórias, impondo tarifas sobre diversos produtos dos EUA, incluindo petróleo bruto e maquinário agrícola. Essa escalada no conflito pode impactar negativamente as perspectivas para o dólar neozelandês, considerando sua dependência do comércio com a China. De modo geral, a combinação de indicadores econômicos domésticos e da dinâmica do comércio internacional pode resultar em uma maior volatilidade na taxa de câmbio NZD/USD.
