Os preços do Ouro registraram um aumento, subindo novamente para a faixa de US$ 2.660, impulsionados principalmente pelo aumento da demanda por ativos portos-seguros. Esse aumento vem na esteira do aumento das tensões após os exercícios militares conduzidos pelo Exército de Libertação Popular (ELP) da China no Estreito de Taiwan, que levantaram preocupações entre os observadores internacionais, incluindo autoridades dos Estados Unidos.
Além das tensões geopolíticas, as indicações de uma perspectiva econômica mais robusta para a China estão apoiando os preços do Ouro . Recentemente, o Ministro das Finanças da China revelou um programa de estímulo fiscal significativo com o objetivo de ajudar os governos regionais com seus desafios de endividamento. Embora não tenham sido divulgados números concretos, os especialistas sugerem que essa iniciativa pode representar uma mudança fundamental na política fiscal da China nos próximos anos, solidificando ainda mais a posição do país como o maior consumidor de Ouro do mundo.
Outro fator que impulsiona o valor do Ouro é o declínio previsto nas taxas de juros em todo o mundo. Com o Banco Central Europeu pronto para concluir sua reunião de política de outubro, os analistas estão prevendo um corte adicional de 25 pontos-base nas taxas, o que seria sua segunda redução consecutiva. Esse desenvolvimento significaria uma aceleração nas medidas de flexibilização do BCE, podendo influenciar significativamente os mercados financeiros.
Paralelamente, estão surgindo expectativas de que o Federal Reserve dos EUA implemente um corte de taxa semelhante em novembro, após dados recentes que indicaram estagnação no Índice de Preços ao Produtor em setembro. Os participantes do mercado estão cada vez mais convencidos de uma próxima redução de 25 pontos-base, elevando a probabilidade percebida desse movimento para aproximadamente 90%.
Tecnicamente, o Ouro parece estar emergindo de uma fase de correção, encontrando resistência em torno de US$ 2.670, um nível marcado por altas anteriores. Se fechar acima desse ponto, há potencial para novos avanços em direção à máxima histórica de US$ 2.685. O indicador MACD também sugere uma tendência de leve alta, embora permaneça a possibilidade de um recuo dentro da faixa de US$ 2.620 a US$ 2.670, conforme as negociações continuarem. A perspectiva de longo prazo para o Ouro continua otimista, com perspectivas de valorizações ainda maiores caso as tendências atuais persistam.