A rúpia indiana (INR) iniciou o pregão asiático em baixa. Essa pressão de venda é devido a fatores como saídas de portfólio e os indicadores econômicos domésticos decepcionantes. Os participantes do mercado estão aguardando atentamente à divulgação de indicadores cruciais, especificamente o PMI de manufatura do HSBC Índia e o PMI de manufatura do ISM dos EUA, que devem ser anunciados ainda hoje.
Após uma queda significativa no pregão anterior, a INR foi pressionada por um dólar americano fortalecido. A recente vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA intensificou essa tendência. Para complicar ainda mais a situação da rúpia, dados mais fracos do que o previsto foram divulgados em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do trimestre julho-setembro, gerando especulações sobre possíveis liquidações no mercado de ações, que poderiam aplicar mais pressão de baixa sobre a moeda. Além disso, a possível implementação de tarifas significativas sobre as nações do BRICS, incluindo a Índia, caso elas procurem iniciativas para desenvolver uma moeda alternativa ao dólar americano, aumentaram a incerteza em torno da rúpia.
Para a economia, estima-se que o PMI de manufatura do HSBC para novembro tenha um leve declínio para 57,3 em relação aos 57,5 de outubro. A decisão política do Reserve Bank of India em relação às taxas de juros também está próxima, com estimativas de que o Banco Central provavelmente manterá a atual taxa de recompra, devido às preocupações com a inflação de alimentos e a perspectiva de desaceleração do crescimento. Dados do crescimento do PIB mostram uma queda para 5,4%, marcando uma baixa de sete trimestres. O Reserve Bank havia estimado uma recuperação de 6,8% para o segundo trimestre.
A análise técnica do par USD/INR indica um viés de alta, visto que continua acima da importante Média Móvel Exponencial de 100 dias. Se o par sustentar seu movimento ascendente superando o nível crucial em 84,55, ele pode alcançar o nível psicológico de 85,00. Por outro lado, caso rompa para baixo do canal de tendência em 84,28, pode desencadear uma correção primeiramente em direção ao suporte em 83,96, e potencialmente para 83,65, atingido pela última vez no início de agosto.
