David Brend, envolvido em um esquema de fraude de criptomoeda vinculado à empresa IcomTech, foi condenado a dez anos de prisão. A juíza Jennifer Rochon, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, determinou o cumprimento de sua pena no Campo de Prisão Federal em Pensacola, Flórida, a partir de 16 de dezembro. Além da reclusão, ele foi condenado a pagar US$ 40.000.
A promotoria enfatizou a gravidade do crime, no qual David Brend e Gustavo Rodriguez, seu companheiro promotor, atuaram como peças-chave no esquema Ponzi que visava investidores desavisados. Rodriguez foi identificado como o mentor por trás do site fraudulento, já Brend desempenhou um papel ativo nas vendas das oportunidades de investimento fraudulentas para as vítimas em potencial. Juntos, eles foram responsáveis por enganar milhares de indivíduos e coletar milhões de dólares por meio do esquema elaborado.
A operação da IcomTech, entre 2018 e 2019, supostamente atingiu mais de US$ 8 milhões de indivíduos que foram enganados a acreditar que alcançariam a independência financeira através de investimentos em criptomoedas. Promotores como Brend viajaram por todo o país promovendo a plataforma por meio de exposições chamativas e mercadorias atraentes para convencer as vítimas. Os fundos arrecadados não eram sequer investidos, mas sim desviados para pagar várias despesas pessoais dos fraudadores, como itens de luxo e imóveis.
O escândalo da IcomTech culminou na condenação de David Carmona, o fundador da empresa, sentenciado a uma década de prisão por ser o mandante da fraude. Marco Ochoa, outro executivo da empresa, foi condenado a cinco anos de prisão no início deste ano. Depois das acusações, Rodriguez e Brend declararam inocência, mas acabaram sendo considerados culpados por um júri devido aos seus papéis na conspiração.