Em uma ação de grande escala, as autoridades da Tailândia recentemente apreenderam 996 máquinas de mineração de Bitcoin vinculadas a uma empresa local acusada de desviar eletricidade para alimentar suas operações. A JIT Co, localizada em Phanat Nikhom, Chon Buri, foi alvo da operação em 8 de janeiro de 2023. De acordo com os relatórios, a empresa pode ter desviado ilegalmente centenas de milhões de baht em energia elétrica, com perdas mínimas de aproximadamente 100 milhões de baht, o equivalente a cerca de US$ 2,88 milhões nas taxas de câmbio atuais.
As investigações apontam que a JIT Co, uma empresa registrada para negociações de ativos digitais, teria elaborado um esquema de manipulação dos medidores de energia a fim de utilizar a eletricidade no período noturno sem ser detectada. Enquanto isso, durante o dia, os medidores funcionavam normalmente para não levantar suspeitas. Essa evasão tática chamou a atenção das autoridades policiais e, embora ainda não tenha sido divulgado publicamente os indivíduos envolvidos ou a empresa responsável, as autoridades estão em busca de mandados judiciais para possíveis prisões.
A Provincial Electricity Authority (Autoridade Provincial de Eletricidade) foi uma parceira fundamental para a polícia durante a operação, evidenciando a importância da colaboração entre os reguladores financeiros e as forças de segurança no combate às atividades ilícitas no setor de criptomoedas. Notavelmente, a descoberta de painéis solares desconectados ao equipamento de mineração na JIT Co levanta dúvidas sobre as estratégias de consumo de energia da empresa.
A mineração ilegal de criptomoedas continua a assolar a região, resultando em perdas significativas de eletricidade ligadas a operações semelhantes na Malásia no total de aproximadamente US$ 723 milhões de 2018 a 2023. No cenário da Malásia, autoridades também apreenderem e, em alguns casos, até destruíram equipamentos ilegais de mineração de criptomoedas. Enquanto isso, a Tailândia busca a adoção de criptomoedas ao explorar a possibilidade de integrá-las como meio de pagamentos em áreas turísticas populares. Essa iniciativa é motivada pela visão de ex-líderes políticos a fim de posicionar o país competitivamente no cenário financeiro global em evolução.
