Após as flutuações no mercado de ações, hoje a atenção se voltou para as tarifas. O dólar americano se fortaleceu da noite para o dia depois de novas declarações do presidente Trump quanto às tarifas, visando principalmente a indústria automobilística do Canadá e do México. Segundo os relatórios, o Secretário do Tesouro está dando suporte à implementação de tarifas universais a partir de uma taxa de 2,5%.
Como resultado, o índice do dólar americano registrou uma recuperação depois de um desempenho fraco no dia anterior, ultrapassando a marca importante de 107,00. Essa alta indica uma possível manutenção desse impulso de alta por enquanto. É importante observar que, mesmo com os investidores atualmente mantendo significativas posições compradas no dólar, isso pode limitar os ganhos potenciais caso não haja novos fatores para sustentar essa tendência.
Em contrapartida, ambos os dólares australiano e neozelandês estão sofrendo pressão, influenciados principalmente pelo declínio do iene chinês. Embora as preocupações com as tarifas estejam impactando o mercado, o rand sul-africano e, surpreendentemente, o peso mexicano estão registrando um desempenho mais forte. O crescente apetite pelo risco parece estar suavizando parte das consequências das ameaças tarifárias sobre o peso. Os recentes acontecimentos no setor de tecnologia impulsionaram a demanda por ativos portos seguros, acarretando um declínio nos rendimentos do Tesouro dos EUA de 10 anos, que voltaram para cerca de 4,50%. Isso pode representar um ponto de inflexão notável para os mercados de câmbio no curto prazo, pois a queda dos rendimentos dos EUA pode pressionar o dólar, enquanto um aumento nos rendimentos poderia oferecer o suporte necessário.
A semana promete ter uma movimentação mais estável devido a proximidade da reunião do Federal Reserve. Caso o Fed mantenha a política monetário inalterada, como amplamente previsto, poderemos observar uma leve recuperação dos rendimentos no final desta semana. Além disso, com a divulgação de diversos indicadores econômicos importantes dos EUA, como os pedidos de bens duráveis, dados de habitação, números da confiança do consumidor e o índice de manufatura do Fed de Richmond, com as expectativas apontando para um crescimento de 0,6% em relação ao mês anterior nos pedidos de bens duráveis, apesar de o setor de aeronaves poder prejudicar os resultados gerais.
