Durante uma conferência do Federal Reserve, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, defendeu a urgência de implementar reformas abrangentes para modernizar a estrutura regulatória financeira ultrapassada. Em seu discurso, ele enfatizou as preocupações sobre o atual sistema de exigência de capital duplo para os bancos, descrevendo-o como falho e excessivamente oneroso. Segundo ele, esse tipo de exigência compromete a capacidade de empréstimo do setor financeiro, o que, por sua vez, limita o crescimento econômico e distorce o mercado ao deslocar o crédito para entidades não bancárias.
Enquanto isso, o dólar americano apresentou um leve avanço, com o índice do dólar americano subindo marginalmente para 97,87. O dólar segue consolidado como a moeda global dominante, respondendo por mais de 88% das transações diárias de câmbio, movimentando aproximadamente US$ 6,6 trilhões por dia, conforme dados recentes. Desde que assumiu o posto da libra esterlina como a principal moeda de reserva do mundo após a Segunda Guerra Mundial, o valor do dólar americano tem sido amplamente moldado pelas decisões de política monetária dos EUA.
O Federal Reserve tem como metas principais assegurar a estabilidade de preços e promover o pleno emprego. Para conseguir realizar isso, sua ferramente mais importante é o controle das taxas de juros. Uma inflação acima da META de 2% do Fed tende a forçar uma elevação das taxas de juros pelo Banco Central, fortalecendo o dólar. Por outro lado, uma inflação moderada ou aumento do desemprego pode sinalizar uma possível redução das taxas, o que geralmente enfraquece o dólar.
Em cenários excepcionais, o Fed também pode recorrer à flexibilização quantitativa (QE) para elevar a oferta de moeda e, assim, estimular a economia. A QE consiste na compra de títulos públicos pelo Federal Reserve, principalmente de instituições financeiras, com o intuito de injetar liquidez no sistema. Amplamente utilizada durante a crise financeira de 2008, essa ferramenta de política não padronizada costuma a exercer uma pressão de baixa sobre o valor do dólar. Esses instrumentos e políticas seguem desempenhando um papel fundamental na abordagem monetária dos EUA, influenciando tanto os movimentos da moeda quanto a dinâmica do mercado em geral.