O USD, que enfrentou dificultades por conta de uma queda na confiança do consumidor, está demonstrando sinais de estabilidade após a aprovação de um projeto de lei orçamentário pela Câmara. Apesar dessa legislação não especificar alterações mudanças específicas em gastos ou receitas, espera-se que ele permita cerca de US$ 4 trilhões em reduções de impostos, provavelmente compensadas cortes de US$ 2 trilhões nos gastos com o Medicaid. Junto a disso, o projeto de lei busca elevar o teto da dívida em mais US$ 4 trilhões, podendo evitar um fechamento do governo no curto prazo. Como resultado, os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos subiram cerca de 5 pontos-base em relação às mínimas do dia anterior, e o par USD/JPY encontrou suporte logo abaixo do nível 149.
Pelo lado do futuro, analistas sugerem que o dólar pode encontrar suporte na faixa de 106,00 a 106,30. É esperado que o foco renovado nos cortes de impostos traga certo alívio temporário para o dólar, apesar que isso logo pode ser ofuscado pelas preocupações comerciais de hoje. Analistas esperam que o discurso sobre as tarifas seja intensificado na próxima semana, com a chegada do prazo final para as tarifas que afetam as importações do Canadá e do México. É essencial diferenciar essa discussão sobre tarifas das ameaças anteriores relacionadas às importações de aço e alumínio, bem como das possíveis tarifas recíprocas previstas para o final da primavera.
Sobre dados econômicos, hoje está sendo um dia relativamente tranquilo, com apenas a divulgação dos números das vendas de casas novas de janeiro. O membros do mercado continuam especulando sobre as possíveis ações do Federal Reserve, sendo observado uma tendência de inclinação para uma redução da taxa dos Fed Funds para até 3,50% até o final de 2026. Essa visão foi ajustada para além das previsões iniciais de dois cortes de 25 pontos-base para 2025. A principal influência sobre essa narrativa aparecerá através do relatório do deflator do núcleo do PCE de janeiro, na sexta-feira, onde as estimativas de consenso sugerem um aumento mensal de 0,3%, um número que pode atenuar as expectativas de mais flexibilização monetária.
De forma geral, o caminho do dólar continua vinculado às políticas fiscal e comercial, visto que os investidores esperam desenvolvimentos nessas áreas nas próximas semanas.