No início da sessão norte-americana de terça-feira, o dólar canadense (CAD) encontrou estabilidade, revertendo leves perdas registradas no final do pregão asiático e no início do pregão europeu. Vale destacar que essa resiliência parece estar ligada à recuperação dos preços do petróleo, que historicamente tem influenciado a força do CAD.
Outro fator que pode oferecer suporte ao CAD é o estreitamento dos diferenciais das taxas de juros. As projeções do mercado sobre uma abordagem mais dovish do Banco do Canadá (BoC) reduziram levemente, visto que os investidores ajustaram suas perspectivas, diminuindo a flexibilização prevista em aproximdamente 5 pontos-base até o final do ano. Atualmente, o mercado está precificando cerca de 29 pontos-base de possíveis cortes.
Conforme o mercado se adapta à postura neutra do BoC, o CAD demonstra oportunidades para ganhos adicionais. Uma avaliação importante tem revelado uma queda gradual, que atualmente estima o valor justo em torno de 1,3735. O próximo calendário econômico segue relativamente escasso, com os principais dados domésticos, como os alvarás de construção, esperados para quarta-feira, e os dados das vendas da indústria e do comércio atacadista sendo divulgados no final da semana. A perspectiva mais ampla indica uma tendência descendente, especialmente com a taxa de câmbio USD/CAD revertendo a recuperação anterior de setembro a fevereiro.
Do ponto de vista técnico, o Índice de Força Relativa (IFR) está atualmente em baixa, em 37, sugerindo que o CAD ainda não alcançou a região de sobrevenda. Novas quedas são possíveis, especialmente se a taxa de câmbio recuar para abaixo das mínimas recentes em torno de 1,36. A falta de níveis de retração substanciais coloca a mínima de setembro, em 1,3420, como um potencial alvo. A resistência imediata está localizada entre 1,3720 e 1,3750, já os níveis de suporte são observados entre 1,3650 e 1,3620.