O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, lançou uma cúpula de investimentos do governo com a promessa de restabelecer o status do Reino Unido como uma nação de comércio global. Essa declaração sugere que a percepção do Reino Unido como menos aberto ao comércio pode ser decorrente de eventos recentes, especialmente o Brexit.
À medida que o mercado se aproxima da divulgação de dados cruciais sobre a inflação do índice de preços ao consumidor (IPC) e de mão de obra do Reino Unido, as expectativas de crescimento dos lucros estão se moderando. Os próximos dados são vistos como fundamentais para moldar os sentimentos do mercado antes da reunião de política do Banco da Inglaterra, marcada para 7 de novembro. Há um consenso geral de que o ritmo de crescimento dos lucros mostrará um declínio.
Os analistas preveem que, embora a inflação do IPC deva refletir alguma moderação em setembro, a taxa de inflação de serviços prevista ainda deve ficar em torno de 5,2% em relação ao ano anterior, o que permanece relativamente alto. Nesse contexto, prevê-se que o Banco da Inglaterra poderá iniciar uma redução gradual das taxas de juros, provavelmente em intervalos trimestrais. Essa abordagem comedida de cortes nas taxas pode dar algum suporte à libra esterlina nos próximos meses.
Do outro lado do Atlântico, as discussões sobre responsabilidade fiscal têm estado notavelmente ausentes da retórica dos dois principais candidatos à presidência. Essa falta de foco na prudência orçamentária pode sugerir um ambiente de aumento dos gastos com déficit, principalmente se Trump voltar ao cargo. Esse cenário pode desacelerar as ações de corte de taxas do Federal Reserve e, como resultado, apoiar o dólar americano. Consequentemente, os analistas estão cautelosos com relação ao potencial de ganhos significativos nas negociações do GBP/USD daqui para frente.