A taxa de câmbio GBP/USD iniciou o pregão asiático de quinta-feira em baixa, atingindo aproximadamente 1,2955. Essa fraqueza da libra esterlina ocorre após o governo trabalhista do Reino Unido apresentar um ambicioso plano fiscal, que inclui aumentos significativos de impostos, totalizando 40 bilhões de libras esterlinas a fim de estabilizar as finanças públicas e aumentar os investimentos em serviços públicos. Os investidores estão aguardando atentamente a próxima divulgação dos dados de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) dos EUA, que podem influenciar as futuras políticas monetárias.
Em seu orçamento inicial, o governo trabalhista do Reino Unido implementou várias medidas fiscais, dentre as quais se destaca o aumento das contribuições para o Seguro Nacional por parte dos empregadores, o que deverá aumentar significativamente as receitas fiscais. Essa medida levantou preocupações entre os investidores sobre as implicações econômicas imediatas para o Reino Unido, contribuindo para a tendência de baixa da libra frente ao dólar americano.
Nos EUA, os últimos números do Produto Interno Bruto (PIB) para o terceiro trimestre revelam um crescimento abaixo do esperado pelo mercado, levando a uma análise mais aprofundada das condições econômicas. Em contrapartida, o Relatório Nacional de Emprego ADP indica que as contratações do setor privado em outubro superaram as espectativas, sugerindo resiliência no mercado de trabalho, apesar do crescimento econômico geral mais lento. Como resultado, os participantes do mercado estão avaliando a probabilidade de ajustes de política pelo Federal Reserve, especialmente devido aos dados recentes que sugerem uma alta probabilidade de um corte de 25 pontos-base na taxa em novembro.
A atenção está se voltando para o próximo relatório de inflação PCE, que fornecerá informações sobre as tendências de preços ao consumidor. A previsão é de que o PCE principal reflita um aumento de 0,2% em setembro, mês a mês, com o núcleo do PCE devendo aumentar 0,3%. Um resultado abaixo do esperado poderia intensificar as apostas em cortes adicionais nas taxas, potencialmente colocando mais pressão sobre o dólar americano.