Com a posse do presidente eleito Donald Trump prevista para 20 de janeiro, a atenção se volta para a futura liderança da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) e seu papel fundamental na regulamentação dos ativos digitais. Trump deixou claro que pretende demitir o atual presidente da SEC, Gary Gensler, ao assumir a presidência. Gensler foi nomeado pelo presidente Joe Biden em 2021 e ainda não sinalizou nenhum plano para renunciar voluntariamente.
Plataformas de previsões apontam Dan Gallagher como o principal candidato para suceder Gensler. Ele atua como diretor jurídico de conformidade e de assuntos corporativos da Robinhood. Outros possíveis indicados incluem o ex-comissário da SEC, Paul Atkins, e Brian Brooks, ex-Controlador da Moeda em exercício, embora seu apoio seja significativamente menor, em torno de 14% e 11%, respectivamente.
A imprevisibilidade das intenções de Gensler acrescenta outra camada de complexidade. Os analistas debatem sobre a legitimidade de uma eventual substituição de Gensler por Trump, com base em precedentes legais sobre a remoção presidencial de chefes de agências. Historicamente, não é comum os presidentes “demitirem” os chefes de órgãos reguladores, pois eles geralmente se demitem quando há uma mudança no poder político.
Enquanto isso, Trump expressou a intenção de recorrer a nomeações de recesso a fim de agilizar a ocupação de cargos em várias agências federais, possivelmente ignorando o processo de confirmação do Senado. No entanto, especialistas jurídicos alertaram que essas nomeações poderiam entrar em conflito com os princípios constitucionais.
A tensão dentro da comunidade de criptomoedas aumentou, com figuras notáveis como Tyler Winklevoss pedindo a saída de Gensler. A menos de dois meses da posse de Trump, as circunstâncias que envolvem o futuro da liderança da SEC e a direção da regulamentação de ativos digitais continua rodeado de incertezas.