A taxa de câmbio NZD/USD iniciou o pregão asiático de quinta-feira com uma leve recuperação, sendo negociada em torno de 0,5670. Esse movimento de alta do dólar neozelandês pode ser atribuído aos recentes anúncios de novas medidas de estímulo que buscam fortalecer as economias da China e da Nova Zelândia. Os participantes do mercado também estão atentos aos próximos dados sobre os pedidos iniciais de auxílio-desemprego semanais dos EUA, que podem gerar outros movimentos para o par de moedas.
A incerteza pairou sobre o comércio internacional diante das declarações do presidente Trump, visto que ele mencionou a possível implementação de uma tarifa de 10% sobre os produtos chineses que entram nos EUA a partir de 1º de fevereiro. Essa medida se alinha aos seus anúncios prévios sobre a possibilidade de tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá. Esses acontecimentos geraram preocupações em relação ao reaquecimento das tensões nas relações comerciais entre os EUA e a China. Diante da parceria comercial importante entre a China e a Nova Zelândia, esses debates sobre potenciais tarifas podem impactar negativamente o kiwi.
Entretanto, medidas de apoio dos governos neozelandês e chinês podem atenuar possíveis perdas para o NZD. Na quinta-feira, o primeiro-ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon, anunciou planos de flexibilização das regulamentações sobre investimentos estrangeiros, visando atrair investidores internacionais para o país. Acredita-se no potencial dessa iniciativa estratégica para tornar o ambiente atual mais propícia à captação de capital.
Além disso, os órgãos reguladores chineses anunciaram medidas a fim de estabilizar o mercado acionário doméstico, incentivando os fundos de pensão a aumentar seus investimentos em ações locais. A projeção deles é de que as companhias de seguros estatais injetarão centenas de bilhões de yuans anualmente nos mercados de capitais, contribuindo para uma fonte substancial de investimento a longo prazo. Essas medidas visam criar um cenário mais favorável para o NZD, mitigando os impactos de volatilidade externa.