Em janeiro, os bancos centrais mantiveram suas políticas, o que não conseguiu empolgar os participantes do mercado. Com o início de fevereiro, o foco passa a ser as estatísticas de emprego dos Estados Unidos, enquanto o sentimento de baixa em torno do par EUR/USD continua a dominar, com a atenção do mercado em sua baixa anual de 1,0177.
A taxa de câmbio EUR/USD sofreu um declínio no final de janeiro, estabilizando-se em torno da marca de 1,0330. Essa queda ocorreu após anúncios significativos de política monetária do Federal Reserve dos EUA e do Banco Central Europeu. O Federal Reserve optou por manter a taxa de juros de referência inalterada em 4,25%-4,50%, assegurando aos mercados que não havia necessidade imediata de ajustes na política em meio às incertezas comerciais em andamento. Embora tenha havido uma certa volatilidade de curto prazo para o dólar norte-americano após o anúncio, ele se recuperou rapidamente, já que o Fed não forneceu novos insights sobre futuras mudanças nas taxas.
O Banco Central Europeu também não surpreendeu ninguém ao reduzir suas principais taxas de juros em 25 pontos-base cada, resultando em novas taxas de 2,9%, 3,15% e 2,75% para suas principais operações de refinanciamento, facilidade de empréstimo marginal e facilidade de depósito, respectivamente. Na sequência, o Presidente do BCE indicou que o crescimento lento na Europa é mais preocupante do que a inflação, dando a entender que mais cortes nas taxas poderiam estar à vista se as tendências atuais da inflação permanecerem alinhadas com as projeções. Após esse anúncio, o euro inicialmente subiu, mas depois recuou.
No campo dos dados econômicos, o PIB preliminar do quarto trimestre da Alemanha revelou uma contração de 0,2%, enquanto a zona do euro registrou um crescimento modesto de 0,9%. Enquanto isso, a economia dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 2,3% no mesmo trimestre, um pouco abaixo das expectativas do mercado. Quanto às medidas de inflação, as vendas no varejo da Alemanha apresentaram resultados decepcionantes, caindo 1,6%, e a inflação permaneceu estável em 2,8% na comparação anual em janeiro.
Espera-se que a próxima semana seja crucial, com lançamentos significativos, incluindo a estimativa de inflação de janeiro da zona do euro e vários indicadores de emprego dos EUA. Esses dados serão cruciais para moldar os sentimentos do mercado e os possíveis ajustes nas políticas monetárias daqui para frente.
Tecnicamente, a recente recuperação do par EUR/USD estagnou, fechando em baixa após duas semanas anteriores de ganhos. As tendências de baixa de longo prazo permanecem evidentes, já que o par é negociado abaixo de todas as principais médias móveis. Os indicadores atuais sugerem o potencial para novas quedas se a taxa de câmbio romper o nível de suporte de 1,0350, com possíveis testes da marca de 1,0300 e da baixa significativa de 1,0177 no horizonte. Os níveis de resistência são identificados em 1,0450 e 1,0532, que serão críticos para determinar a trajetória de curto prazo do par.