A Citadel Securities está analisando a possibilidade de atuar como provedora de liquidez para grandes corretoras de criptomoedas, o que marca uma mudança notável em sua postura anteriormente cautelosa em relação às negociações de varejo de criptomoedas. Como parte dessa estratégia, a empresa está analisando colaborações com players importantes do setor, como Binance, Coinbase e Crypto.com, visando estabelecer equipes de criação de mercado fora dos Estados Unidos.
Esse movimento surge em um momento de expectativas positivas do mercado, após os recentes acontecimentos políticos. A participação da empresa nessa área dependerá, em grande parte, de como o cenário regulatório nos EUA se desenrolará nos próximos meses. Caso as regulamentações se tornem mais definidas, a Citadel estará preparada para fornecer a liquidez necessária para transações envolvendo criptomoedas, replicando o que já acontece com suas operações com classes de ativos tradicionais.
Historicamente, a Citadel Securities foi hesitante em sua participação no mercado de criptomoedas devido à falta de diretrizes abrangentes nos Estados Unidos. No entanto, recentes sinais de funcionários do governo sugerindo que os EUA estão buscando se tornar um centro de inovação em criptomoedas podem ter contribuído para o interesse da empresa no setor. Embora a Citadel não tenha se afastado completamente das criptomoedas nos últimos anos, ela teve um papel significativo em parcerias com corretoras de renome, como Charles Schwab e Fidelity Investments, visando estabelecer a EDX Markets, uma plataforma de criptomoedas focada em instituições, que foi lançada em junho de 2023.
A Citadel tem enfrentado polêmicas, incluindo uma colaboração com a Terraform Labs antes de seu colapso. O ex-CEO da Terraform fez alegações de que as operações comerciais da Citadel teriam contribuído para a desestabilização da stablecoin TerraClassicUSD (USTC). No entanto, a Citadel Securities afirmou que seu envolvimento limitado nas transações não seria capaz de causar tais impactos.
Além disso, a Citadel atraiu investimentos expressivos de companhias de capital de risco voltadas para criptomoedas, como a Sequoia Capital e a Paradigm, que, juntas, investiram US$ 1,15 bilhão no início de 2022. Fundada em 1990 por Ken Griffin, a Citadel gerencia um dos maiores fundos de hedge do mundo, com mais de US$ 63 bilhões em ativos sob sua administração e atendendo a diversos clientes institucionais.