Swati Dhingra, integrante externo do Comitê de Política Monetária (MPC) do Banco da Inglaterra, destacou que o aperto da política monetária no Reino Unido já atingiu um patamar consideravelmente elevado. Esse sentimento reflete as preocupações em relação às condições econômicas atuais e a trajetória da inflação no país.
Embora algumas pressões inflacionárias persistam, Dhingra apontou sinais de abrandamento nos indicadores de inflação de médio prazo. Ela ressaltou que, apesar da alta nos preços dos alimentos, o aumento dos custos de importação não seguiram as tendências anteriores, indicando uma maior estabilidade para os produtos importados. No entanto, o consumo no Reino Unido permanece notavelmente fraco em comparação com outras nações europeias, mesmo com uma taxa de poupança relativamente elevada entre os consumidores.
De acordo com Dhingra, a fraqueza do consumo no Reino Unido pode estar desempenhando um papel central ser na desaceleração econômica geral do país. Ao contrário dos Estados Unidos e da zona do euro, os gastos com consumo não estão impulsionando o crescimento na Grã-Bretanha. Além disso, os dados atuais sobre a utilização da capacidade indicam que a falta de demanda é um desafio mais urgente do que as restrições de oferta na economia.
Dhingra abordou a possibilidade de reduções nas taxas no futuro e destacou que os membros do MPC têm interpretações variadas sobre o que constitui “gradual”. Para ela, “gradual” não significa um corte de 25 pontos-base a cada trimestre de forma sistemática. Além disso, os dados salariais também têm implicações complexas, especialmente devido à falta de alinhamento entre os autônomos e as pequenas empresas.
Quanto ao impacto no mercado, a libra esterlina estava oscilando ligeiramente abaixo do dólar norte-americano, sinalizando que os investidores estão agindo cada vez mais com cautela diante dessas discussões econômicas. Naquele momento, o GBP/USD registrava um declínio de 0,03%, sendo negociado a 1,2620.